Fraudes confirmadas
Comprovação de irregularidades em ministérios reforça necessidade de punição a culpados
A comprovação de irregularidades em ministérios por levantamentos do próprio governo federal mostra que a queda de titulares não ocorreu em vão, na opinião de Fernando Francischini (PR) e Márcio Bittar (AC). Auditorias nas pastas mostraram que pelo menos R$ 230 milhões foram desviados da Agricultura, boa parte na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Cerca de R$ 50 milhões saíram do Turismo, onde os 51 convênios analisados – todos relacionados à Copa de 2014 – apresentaram algum problema, como superfaturamento.
Uma análise interna no Turismo mostrou que a maioria dos contratos não saiu do papel ou apresentou sobrepreço. A Controladoria-Geral da União (CGU) elaborou relatório em que comprova a existência de fraudes em acordos da Agricultura. Pedro Novais e Wagner Rossi deixaram o comando dos órgãos depois que a imprensa denunciou os problemas. “A saída não foi por motivação política, mas por corrupção, na qual o governo está mergulhado”, resumiu Francischini.
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Para o deputado, os órgãos usavam ONGs para desviar verbas. “Não adianta só identificar as irregularidades e demitir os envolvidos. Queremos punição criminal e recuperar o dinheiro público”, disse. Francischini acredita que o país precisa de uma nova legislação que regulamente a relação dessas organizações com o governo. “Mas precisamos também da retomada da ética e da moralidade”, ressaltou.
Segundo Márcio Bittar, as revelações comprovam que as denúncias noticiadas eram verdadeiras. “O PT e seus aliados acreditam que podem se apropriar da máquina pública”. Para ele, nos governos Lula/Dilma, o sentimento comum é o de que desviar recursos para partidos políticos não é ilícito. “Tudo vale para chegar no poder e para permanecer nele. Promovem o saque da coisa pública e partidarizam o Estado com a maior desfaçatez do mundo”, criticou. O tucano espera que os responsáveis pelos problemas respondam cível e criminalmente.
Recursos desviados
→ No Ministério da Agricultura, a CGU comprovou que documentos foram forjados para beneficiar a Fundasp, ligada à PUC-SP, em convênio na área de treinamento profissional, gerando prejuízo estimado de R$ 1,1 milhão. Mas o grande desvio de verbas ocorreu com os recursos da Conab, onde cerca de R$ 228 milhões foram desviados.
(Reportagem: Djan Moreno/ Fotos: Ag. Câmara/ Áudio: Elyvio Blower)
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