Sociedade exige explicação


A pedido de tucanos, Mário Negromonte irá à Câmara esclarecer denúncias

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara (CFFC) aprovou nesta quarta-feira (30) convite ao ministro das Cidades, Mário Negromonte, para esclarecer irregularidades no Minha Casa, Minha Vida e a suposta adulteração em projeto de mobilidade urbana para a Copa de 2014 em Cuiabá. Assinados pelo líder do PSDB, Duarte Nogueira (SP), e pelo deputado Nilson Leitão (MT), os requerimentos destacam a necessidade de explicação à sociedade diante de evidências de mau uso de dinheiro público.

O pedido do líder foi apresentado após o “Fantástico”, da TV Globo, revelar que ONGs credenciadas pelo governo federal teriam forjado documentos e cobrado taxas ilegais às pessoas de baixa renda interessadas em participar do programa habitacional. As entidades fraudavam papéis e escolhiam famílias com suposto vencimento bruto de até R$ 1,6 mil, criavam projetos e ainda executavam as obras. O presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, e o vice-presidente de Ativos de Terceiros, Marcos Vasconcelos, também comparecerão à audiência sugerida por Nogueira.

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A proposta de Nilson Leitão teve como base denúncia de que um analista técnico da pasta sofreu pressão para falsificar o parecer de um empreendimento. A mudança permitiu a troca da implantação de linha rápida de ônibus (BRT) pela construção de um Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) na capital de Mato Grosso. Com isso, o investimento saltou de R$ 489 milhões para R$ 1,2 bilhão.

“Convidamos Negromonte para que venha se explicar à comissão e ao Brasil”, disse. O deputado destaca que no estado há uma sucessão de suspeitas referentes às construções para a Copa. Primeiro vice-presidente da comissão, ele exige a apuração de todas as irregularidades que pesam contra o titular das Cidades. “A vinda dele poderá colaborar com algumas informações sobre os preparativos para o evento”, avaliou.

Os tucanos ressaltaram que mesmo com o envolvimento de funcionários na fraude em Cuiabá, ninguém foi afastado. Em outro requerimento, ainda não votado, Vanderlei Macris (SP) pede a realização de audiência com os servidores: Higor Guerra, o técnico que fez as acusações; Luiza Vianna, diretora de Mobilidade Urbana; Cássio Peixoto, chefe de gabinete; e Cristina Soja, gerente de projetos. O assunto também é a adulteração do parecer que resultou em prejuízo de R$ 700 milhões aos cofres públicos.

(Reportagem: Djan Moreno / Foto: Larissa Ponce / Áudio: Elyvio Blower)

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30 novembro, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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