Distorções do sistema


Por falta de consenso, votação de relatório da reforma política fica para 2012

Por aclamação, a votação do relatório da reforma política ficou para a segunda semana de fevereiro de 2012. A decisão partiu dos integrantes da Comissão Especial que analisa a proposta nesta quarta-feira (30). Para os deputados William Dib (SP) e Marcus Pestana (MG), ainda não existe consenso sobre o financiamento público de campanha, o voto proporcional e a lista fechada.

De acordo com Dib, o custeio público não vai resolver as graves distorções do atual sistema, além de afastar o eleito do eleitorado. Também não se sabe como será feito o controle do dinheiro, destaca. “O financiamento é a ponta do iceberg. Tem muita coisa escondida que não sei se teremos capacidade de fiscalizar e de ver acontecer”, disse. O tucano defende que não é possível manter o modelo atual de eleições. Até fevereiro, ele acredita que os partidos terão analisado melhor a proposta.

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Pestana adianta que não haverá unanimidade no colegiado sobre o tema. A maior dificuldade, segundo ele, é o cidadão monitorar as ações dos eleitos. “É importante aproximar a representação política da sociedade para que as pessoas acompanhem o trabalho parlamentar, os assuntos de governo. E também fechar as portas para a corrupção e diminuir os custos, acabando com as campanhas milionárias que caracterizam as eleições no Brasil. Não se formou uma convergência mínima que possibilitasse a votação de um relatório”, afirmou.

Durante oito meses, deputados de todas as legendas discutiram as propostas de reforma. Se aprovada em 2012, a medida valerá para as eleições de 2014, ou seja, para presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais. O PSDB é favorável ao voto distrital e contra o financiamento público de campanha.

(Reportagem: Artur Filho/ Fotos: Ag. Câmara e Paula Sholl/ Áudio: Elyvio Blower)

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30 novembro, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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