Política pública


Dib defende apreciação de relatório que propõe medidas para o combate às drogas

Após reunião na Comissão Especial de Combate às Drogas, o deputado William Dib (SP) ressaltou a importância de votar o relatório que trata do assunto. Na avaliação do tucano, após a aprovação do texto será mais fácil criar uma política nacional. O colegiado estuda o tema há nove meses e fez cerca de 40 viagens para cidades do Brasil e do exterior para conhecer experiências de enfrentamento ao uso de entorpecentes. O documento, de iniciativa do deputado Givaldo Carimbão (PSB-AL), deve ser votado no próximo dia 7.

“O relatório é muito apropriado. Ele propõe vários projetos de lei, além de soluções econômicas e financeiras. A comissão fez um trabalho extraordinário em 27 estados e várias audiências públicas que discutiram da prevenção ao combate efetivo”, ressaltou nesta terça-feira (29).

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Segundo o tucano, faltam profissionais capacitados para atender os dependentes químicos. “Existem vários problemas: nas fronteiras, no diagnóstico, no acolhimento, na prevenção e também no tratamento. Não temos profissionais para atender a epidemia. Cerca de 2 milhões de pessoas são usuárias de crack”, afirmou.

Por fim, o parlamentar defendeu o fim da propaganda de bebidas alcoólicas por considerá-las a porta de entrada para substâncias ilegais. “Existe uma relação muito próxima. Quase sempre o usuário  começa com o álcool. A droga e o crime andam muito perto. As estatísticas mostram que 70% dos presos têm envolvimento com o entorpecente”, concluiu.

Em audiência pública na semana passada, o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Roberto Ziulkoski, disse que as cidades brasileiras não estão preparadas para enfrentar as drogas, em especial o crack. Segundo ele, não há profissionais capacitados, nem infraestrutura para acolher os dependentes.

Ele afirmou que, este ano, a União deveria investir R$ 34 milhões no setor, conforme previsão orçamentária, mas até 30 de outubro haviam sido gastos apenas R$ 4,8 milhões. Ziulkoski destacou que em 2010 ocorreu problema semelhante. O governo federal deveria ter investido R$ 124 milhões, mas foram gastos apenas R$ 5,7 milhões.

(Reportagem: Letícia Bogéa/ Foto: Renato Antunes/Áudio: Elyvio Blower)

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29 novembro, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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