Inversão de prioridade


Aumento de gastos com a máquina mostra descontrole da administração federal

O aumento dos custos do governo com a máquina federal mostra o descontrole administrativo e a falta de competência do PT para executar com responsabilidade a verba pública. Essa é a avaliação dos deputados Reinaldo Azambuja (MS) e Otavio Leite (RJ). De janeiro a outubro, as despesas bancadas com o dinheiro do contribuinte cresceram 224,4%, na comparação com igual período de 2002, passando de R$ 180,6 bilhões para R$ 585,8 bilhões. Os dados foram revelados pelo jornal “Correio Braziliense”.

Na opinião de Azambuja, a administração federal não aplica os recursos em setores essenciais, como infraestrutura. “Esses aportes poderiam criar base para o desenvolvimento do Brasil. Mas o PT faz o contrário. Incha a máquina pública de companheiros que não estão preocupados com o país, mas apenas com o partido”, afirmou.

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É muita propaganda para pouco resultado efetivo, prejudicando a economia e a sociedade, segundo o tucano. Ele acredita que, com uma gestão perdulária, o governo só contribui para a escalada da inflação e presta um desserviço, pois as obras estruturantes – rodovias, portos e aeroportos – não saem do papel.

Otavio Leite tem opinião parecida. O deputado defende elevação da verba para investimento. “O Programa de Aceleração do Crescimento tem uma execução pífia. O orçamento virou uma peça de ficção. São situações complicadas que reforçam a ineficiência da União. A preocupação com o erário está deixando muito a desejar”, apontou.

O aumento ocorreu acima da inflação acumulada em nove anos, que foi de 85,89. Segundo a reportagem, os gastos foram puxados, principalmente, pelas despesas de custeio e capital — voltadas para a manutenção da administração e os investimentos, respectivamente —, que avançaram 277,9%. Em seguida, estão os desembolsos com a folha de pessoal, com alta de 149,8%. Os dados são do próprio Tesouro Nacional.

Governo investe, mas só em custeio

→ O governo alega que muito da conta de custeio e capital é voltado para áreas como planejamento, execução de obras e infraestrutura. No entanto, a três anos da Copa de 2014, enquanto os gastos com a manutenção da administração cresceram 10,6%, as de capital, destinadas à melhoria do país, caíram 3,7% nos nove primeiros meses deste ano.

→ As despesas de custeio – com diárias, material de consumo, passagens e consultorias, entre outras – saltaram 140% entre 2002 e 2010, de R$ 11,6 bilhões para R$ 27,6 bilhões.

(Reportagem: Letícia Bogéa / Fotos: Paula Sholl / Áudio: Elyvio Blower)

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29 novembro, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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