De olho nos desmandos


Vanderlei Macris quer esclarecimentos das pastas das Cidades e da Cultura

Vice-líder do PSDB na Câmara, o deputado Vanderlei Macris (SP) protocolou na manhã desta terça-feira (29) requerimentos pedindo a realização de audiências públicas. O tucano quer esclarecer denúncias de irregularidades no Ministério das Cidades e também explicações da ministra da Cultura, Ana de Hollanda, sobre destinação de recursos para o Rock in Rio 2011. As proposições deverão ser votadas a partir das 9h30 desta quarta-feira na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da Câmara.

O tucano pede a convocação do ministro Mário Negromonte e convite ao chefe de gabinete, Cássio Peixoto; à gerente de Projetos, Cristina Soja; à diretora de Mobilidade Urbana, Luiza Vianna, e ao analista técnico Higor Guerra, todos funcionários da pasta das Cidades. Ontem o deputado Nilson Leitão (MT), vice-presidente da CFFC, pediu a convocação de Negromonte.

Na avaliação de Macris, a denúncia de alteração de parecer técnico realizada por assessores do ministério elevando em R$ 700 milhões o custo de um projeto de transporte para a Copa de 2014 em Cuiabá (MT) precisa ser investigada. “As informações apontam que essa alteração foi feita com documento forjado. São acusações sérias que indicam mais irregularidades com o dinheiro público em um governo que propagandeia corte de gastos”, critica Macris.

Milhões para o Rock in Rio

Já a ministra da Cultura está sendo convocada pelo deputado do PSDB para esclarecer a destinação de R$ 12,3 milhões para a produção do Rock in Rio 2011. Segundo o parlamentar, o festival tinha receita prevista de R$ 34,2 milhões. Além disso, a postura da pasta contraria recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU) de “descentralizar e democratizar” os projetos culturais. “O TCU vem apontando um ‘quadro de insustentabilidade’ no Ministério da Cultura para acompanhamento e análise das prestações de contas de projetos bancados pela Lei Rouanet. Foi repassado um valor superior a R$ 12 milhões e os ingressos não foram vendidos a preço popular, mas a um preço médio de R$ 190,00. Isso não é democratização da cultura”, argumenta.

(Da assessoria do deputado, com alterações)

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29 novembro, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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