Postura ética
Governo petista não tem condições morais para enfrentar a corrupção, afirmam deputados
Falta postura ética ao PT para combater a corrupção no governo federal. A afirmação foi feita pelos deputados Raimundo Gomes de Matos (CE) e João Campos (GO) nesta segunda-feira (21). Eles comentaram reportagem do “Correio Braziliense” mostrando que os escândalos responsáveis pela queda de quatro ministros de Dilma já haviam sido investigados pela Controladoria-Geral da União (CGU), que também apontou irregularidades no Ministério do Trabalho.
Em 2008, a CGU concluiu relatório que indicava fraudes em um convênio firmado entre o Trabalho e a Fundação Pró-Cerrado na área de qualificação profissional. O documento foi enviado ao gabinete do ministro Carlos Lupi.
baixe aquiGomes de Matos disse ser lastimável o desvio de bilhões que poderiam ser destinados à saúde, educação e infraestrutura. Segundo o tucano, o circo montado por Lupi, que tenta se sustentar no cargo a todo custo, faz com que a sociedade alimente ainda mais a descrença na classe política.
Para o deputado, o comportamento do gestor é uma comédia, uma afronta ao governo e à nação. “É uma chacota. O ministro deveria estar trabalhando em um programa de humor”, afirmou.
O deputado João Campos ressalta que, apesar das demissões de alguns titulares, a presidente só age depois que as fraudes são amplamente noticiadas. “Dilma termina tomando uma providência sob pressão da imprensa e da própria sociedade. O que significa dizer que não se trata de um compromisso deste governo com o enfrentamento da corrupção”, argumentou.
Cronologia
O jornal “Correio Braziliense” veiculou a queda de cada um dos cinco ministros que deixaram o governo Dilma por suposto envolvimento em esquemas que fraudaram os cofres públicos:
No dia 7 de junho, o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci foi demitido. O patrimônio dele levantou suspeitas de tráfico de influência por ter crescido consideravelmente entre 2006 e 2010. Devido a serviços de consultoria prestado por sua empresa, a Projeto.
Em 6 de julho, o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento é dispensado do governo. O PR, partido do ministro, aparece como operador de um esquema que envolve a cobrança de propina em troca de vitórias em licitações e contratos superfaturados.
Já no dia 17 de agosto, caiu o ministro da Agricultura, Wagner Rossi. Autorização do pagamento de uma dívida de R$ 8 milhões da Conab pelo diretor financeiro da companhia, Oscar Jucá Neto, deu início a uma série de denúncias que incluiu a intermediação de contratos por um lobista que trabalhava dentro do Ministério da Agricultura.
O ministro do Turismo, Pedro Novais foi demitido no dia 14 de setembro. A operação Voucher da Polícia Federal deu início à crise ao prender mais de 30 pessoas ligadas ao ministério por suspeita de desvio de recursos públicos em convênio fechado pela pasta.
Em 27 de outubro, o ministro do Esporte, Orlando Silva, não resiste e cai. O ministro foi acusado de participação no desvio de recursos no programa Segundo Tempo, que repassa recursos à ONGs para incentivar jovens a praticar jovens.
(Reportagem: Artur Filho/ Fotos: Ag. Câmara/Áudio: Elyvio Blower)
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