Desastre


Francischini quer ouvir responsáveis pelo acidente na Bacia de Campos

Diante da gravidade do vazamento de petróleo no poço usado pela Chevron na Bacia de Campos (RJ) e das incertezas sobre as providências tomadas para o controle, o deputado Fernando Francischini (PR) pedirá a realização de audiência na Câmara. Serão ouvidos, na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, o delegado da Polícia Federal Fábio Scliar, representantes do consórcio japonês, os presidentes da Chevron e da Petrobras.

O objetivo, de acordo com o tucano, é avaliar os cuidados que a empresa, a Petrobras e o consórcio tiveram com a exploração no local. “E não é só a Bacia de Campos. ‘O Estado do Paraná’ mostrou que já existiam resquícios de manchas em alto-mar que podem chegar à costa paranaense. Então se trata de um grande desastre ambiental”, apontou, ao lembrar que a Chevron é a mesma que já causou sérios acidentes em outras partes do mundo. Segundo ele, até agora não se viu uma atitude firme do governo em relação ao caso.

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Fábio Scliar, chefe da Delegacia do Meio Ambiente e Patrimônio Histórico, questionou no último sábado (19) a legalidade e a idoneidade do método usado para limpar o petróleo que vazou no Atlântico. Scliar já declarou que a empresa americana não está recolhendo o material e limita-se apenas a empurrá-lo para o fundo do mar, o que poderia contaminar os corais e constituir um crime de poluição ambiental.

O óleo que escapou pelo poço chegou a cobrir uma superfície de 163 quilômetros quadrados. O geógrafo John Amos, da SkyTruth, afirmou que o vazamento pode ser dez vezes maior que o anunciado, e atingiria uma área maior que o município do Rio de Janeiro. Além disso, a empresa responsável pela perfuração da Chevron, a Transocean, é a mesma que perfurava o poço que causou o acidente no Golfo do México.

(Reportagem: Letícia Bogéa com assessoria do deputado/ Foto: Gustavo Lima/ Ag. Câmara/Áudio: Elyvio Blower)

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21 novembro, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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