Projeto empacado


PAC é uma peça de publicidade usada para iludir a população, afirmam tucanos

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é uma peça de publicidade eleitoreira usada por petistas em campanha, mas que nunca saiu do papel. Essa é a avaliação dos deputados Nilson Leitão (MT) e Alfredo Kaefer (PR). Para os tucanos, o governo federal ilude a população com a falsa promessa de revolucionar os investimentos em infraestrutura.

A crítica foi feita após o “Estado de S.Paulo” mostrar que quase dois terços das obras incluídas no primeiro balanço do PAC 1, divulgado em maio de 2007, não foram concluídas até agora. Segundo a reportagem, mais de 20% das construções anunciadas nos setores de transportes (ferrovia, portos, rodovias e aeroportos), recursos hídricos e saneamento básico nem começaram.

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Para Nilson Leitão, a presidente Dilma e o antecessor Luiz Inácio Lula da Silva usaram o projeto para conquistar votos. “Infelizmente, o Brasil está sendo enganado. Está comprovada a mentira”, disse. O parlamentar defende a realização dos empreendimentos, como forma de reduzir gargalos enfrentados de logística. “Existe o apelido de forma covarde dado pelo governo para criar uma expectativa, uma esperança no povo em troca de voto”, afirmou.

Em 2005, quando era prefeito de Sinop (MT), Leitão executou obras de saneamento com recursos do BNDES. Com o lançamento da ação em plano nacional, em 2007 o então presidente Lula se apoderou das benfeitorias como se fossem do PAC.

Segundo Alfredo Kaefer, desde o início do projeto a oposição vem denunciando que não há nenhuma novidade. Para ele, o PT apenas se utilizou de liberações de recursos previstos no orçamento. “Era um programa de marketing, eleitoreiro, que na época prometia muita coisa que não aconteceu. Grande parte já contemplada no planejamento de infraestrutura”, disse. O tucano diz que nem o básico foi realizado. “Lamentavelmente a nossa estrutura de Estado gerida pelo governo petista não dá conta de um mínimo de infraestrutura que o país precisa.”

O “Estadão” afirma que algumas obras ainda nem conseguiram superar a fase de contratação de projeto básico ou de processo licitatório. Existem empreendimentos que foram iniciados, mas estão paralisados por algum tipo de entrave, como contrato suspenso, questão ambiental e dificuldade de desapropriação de áreas. Levantamento feito pelo periódico comparou o primeiro relatório do PAC 1 e o último do PAC 2, divulgado em 29 de julho deste ano. No total, foram avaliados 144 empreendimentos, e 90 deles continuavam em aberto.

(Reportagem: Artur Filho / Foto: Agência Brasil / Áudio: Elyvio Blower)

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31 outubro, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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