Barreira política


 

Novo ministro do Esporte deve promover faxina ética na pasta, defende Colnago

O novo ministro do Esporte, Aldo Rebelo, precisa se guiar pela ética e pelo interesse público para realizar a faxina que a pasta necessita. A avaliação é do deputado César Colnago (ES), que espera por uma mudança na organização do órgão com a saída de dirigentes envolvidos em irregularidades. A limpeza esbarra, porém, nas pretensões do PCdoB para as eleições do próximo ano.

Até agora, apenas a queda do secretário executivo, Waldemar Souza, uma espécie de número dois do ministério, foi confirmada. Pelo menos outros sete comunistas que ocupam importantes funções permanecem nos cargos, mesmo com fortes indícios de participação no esquema que desviava recursos por meio de repasses a ONGs. A revelação derrubou Orlando Silva do comando na semana passada.

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“Rebelo precisa se pautar pela transparência e pelo uso correto dos recursos, fazer o possível para corrigir os erros e continuar respeitado pela sociedade”, destacou Colnago. De acordo com o tucano, ele deve se manter firme e não permitir mais corrupção. “Ele tem uma história de vida em defesa do interesse público, não creio que vá trocar isso por arranjos institucionais espúrios, que já foram denunciados”, afirmou.

A presença do PCdoB no Esporte não se justifica pela aptidão técnica dos filiados empregados. Pelo contrário, trata-se de um grupo meramente político com objetivos concretos na disputa municipal de 2012. São dirigentes regionais e nacionais da legenda, homens de comando do partido nos estados, que temem uma demissão.

O jornal “O Globo” mostrou que 73% do dinheiro desviado ou mal aplicado do programa Segundo Tempo foi usado por entidades ligadas à sigla. Levantamento feito pelo jornal em 16 tomadas de contas especiais (TCEs) mostra que, em oito delas, os alvos são grupos dirigidos por filiados ao partido ou pessoas que tiveram ligação estreita com os comunistas em quatro estados.

O governo busca recuperar R$28,3 milhões dos convênios do programa com as ONGs. Deste montante, R$ 20,6 milhões abasteceram os cofres de organizações atreladas ao PCdoB em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Tocantins. “As ONGs tinham que dar o exemplo e não viver à custa do Estado brasileiro. Esse modelo de repasse precisa ser repensado”, apontou Colnago, ao defender rigor nos pagamentos e uma fiscalização rigorosa.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Paula Sholl/ Áudio: Elyvio Blower)

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31 outubro, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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