Saia, ministro!


PSDB quer ida de assessores de Orlando Silva à Câmara e ampliação das apurações da PGR

O líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), afirmou que seu partido irá apresentar requerimentos convidando dois auxiliares do ministro Orlando Silva, em 2008 – Fábio Hansen, então chefe-de-gabinete da Secretaria de Esporte Educacional, e Charles Rocha, chefe-de-gabinete da Secretaria Executiva do ministério – para prestarem esclarecimentos na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara.

Também será feito aditamento à representação protocolada na Procuradoria Geral da República na semana passada, solicitando que ambos também sejam investigados. Em gravação feita em abril de 2008 pelo ex-PM João Dias, cujos trechos foram publicados pela revista Veja deste fim de semana, Hansen e Rocha participam de reunião para definir ações que buscavam burlar irregularidades em convênios.

Militante do PCdoB e dirigente de uma ONG, Dias havia sido pego de surpresa por um ofício do Ministério do Esporte, enviado à Polícia Militar, responsabilizando-o por irregularidades e desvios de dinheiro num convênio de sua entidade com o programa esportivo federal Segundo Tempo. Em sua visita aos assessores de Orlando Silva, ele cobrava uma solução para o problema. E a pressão surtiu efeito imediato.A gravação demonstra que Hansen e Rocha se esmeraram para arquitetar uma fraude que livrasse João Dias da investigação.

Limpeza profunda já – “As denúncias ainda não cessaram. E as provas estão aparecendo. O ministro não tem mais condições de ficar no cargo. Sua permanência demonstra que a faxina ética da presidente Dilma Rousseff é apenas propaganda e que ela está tolerando malfeitos, ao contrário do que diz. É preciso uma investigação profunda, com o afastamento de todos os envolvidos e devolução dos recursos que foram desviados”, afirma Nogueira.

Segundo o líder do PSDB, o esquema denunciado se assemelha ao mensalão do governo Lula. “O que percebemos pelas denúncias é que há um mensalão também no Ministério do Esporte. O modus operandi é o mesmo que foi montado nas gestões de Lula e que ainda não foi eliminado. É uma herança nefasta que está comprometendo o governo até hoje. A presidente Dilma precisa, de fato, promover uma limpeza profunda”, disse.

(Da assessoria de imprensa da Liderança do PSDB na Câmara, com alterações/ Foto: Ag. Câmara)

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22 outubro, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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