Ao descrédito total
Para deputados, estatal perde mercado com a falta de investimento e a disputa partidária
A falta de investimentos do governo federal e a disputa partidária pelo comando da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) fazem com que a companhia postal perca espaço no mercado de encomendas expressas. Essa é a avaliação dos deputados Carlos Roberto (SP) e André Dias (PA).
Como destaca o “Estado de S. Paulo”, no vácuo da lenta reação da estatal à era do varejo eletrônico, o setor privado investiu em tecnologia para oferecer atendimento rápido e eficaz, abocanhando parte de uma área que o gigante público dominava quase sozinho. Segundo a reportagem, varejistas utilizam sites, e-mails e torpedos para informar aos clientes a situação das compras, o que não acontece de forma ágil na ECT.
baixe aqui“Os Correios já foram para o Brasil um sinônimo de excelência. Nos últimos oito anos, perderam completamente essa referência”, destacou Dias. Para o tucano, as empresas aproveitam a brecha deixada pela má administração para ocuparem um mercado com serviços de qualidade e custos bem menores. “A confiança que tínhamos caiu pela falta de gestão por parte do PT”, reforça.
Carlos Roberto acredita que os gargalos no segmento enfraquecem a imagem da estatal, conhecida antigamente pela credibilidade. “Esta greve tem prejudicado muito a ECT. Por consequência, a população adere a alternativas”, disse. “Há um corpo mole por parte do governo”. Para ele, a má gestão petista nos últimos oito anos contribuiu para que a sociedade tenha uma visão negativa em relação à autarquia.
André Dias completa: “Defendo que, não só nos |Correios, nas instituições públicas sejam colocadas pessoas honestas, competentes e não somente os parceiros de eleição, que se dividem como se fossem latifúndios para repartir prestígios, privilégios e recursos, em desfavor do serviço público e do povo”.
(Reportagem: Laize Andrade / Fotos: Leonardo Prado e Paula Sholl/Áudio: Elyvio Blower)
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