Prejuízo à população

Jutahy questiona necessidade de privatizar Elevador Lacerda, cartão-postal de Salvador

Cartão-postal de Salvador (BA), o Elevador Lacerda precisa de organização e planejamento, não de privatização, como propôs a Prefeitura, avalia o deputado Jutahy Junior (BA). “Esse patrimônio, que tem quatro cabines, precisa apenas de ordem, de organização da cidade de Salvador para mantê-lo funcionando”, afirmou.

Com a proposta, o bilhete para usar os ascensores, atualmente em R$ 0,15, poderá sofrer um reajuste. Estudos para conceder a manutenção e a receita à iniciativa privada podem sair do papel em 2012, último ano da gestão do prefeito João Henrique Carneiro (PP).

“Se fizermos a privatização desse setor, o preço fica abusivo, cria-se uma situação de que muitas pessoas terão que se deslocar da Cidade Alta para a Cidade Baixa a pé, correndo riscos, inclusive, sem nenhuma necessidade”, disse o deputado.

Inaugurado em 1873, o elevador passou pela reforma que lhe deu o aspecto atual art-déco em 1930. Em 2006, foi tombado como patrimônio histórico nacional. Em agosto, panes reduziram a atividade das cabines e levaram à interdição do elevador por uma semana. Hoje só duas funcionam, segundo a “Folha de S.Paulo”.

“O elevador Lacerda estava quebrado, o plano inclinado, ou seja, há uma desorganização absoluta da administração municipal. Isso não pode fazer com que a cidade seja prejudicada no seu patrimônio, na sua cultura e nos seus serviços”, criticou Jutahy.  Segundo o tucano, 900 mil pessoas utilizam as cabines por mês. “A cidade de Salvador tem nesse transporte também uma utilização maciça”, disse.

(Da redação / Foto: Paula Sholl)