Reforma política


Kaefer é contra reeleição para prefeito e favorável ao voto distrital misto nas eleições proporcionais

Vice-líder do PSDB na Câmara e integrante da Executiva do partido, o deputado Alfredo Kaefer (PR) é contra eventual manutenção da reeleição para prefeito, a exemplo do que pode ocorrer na reforma política em debate no Congresso com relação a governador e presidente da República.

O parlamentar paranaense prefere mandatos de cinco anos para todos os níveis de cargos executivos, mas reconhece que há um consenso no Legislativo, sobretudo no Senado, pela manutenção de quatro anos com possibilidade de reeleição. Se, por acaso, o consenso prevalecer, Kaefer avalia que isso deveria ocorrer apenas para os chefes de Executivos estaduais e federal, pois a influência deles nas suas sucessões é menor do que aquela do prefeito, segundo defendeu o tucano em recente reunião das bancadas do PSDB na Câmara e no Senado. O parlamentar classificou de “abuso” a reeleição de prefeitos nos pequenos e médios municípios.

Já com relação às eleições proporcionais, o parlamentar disse que vai pela linha defendida pelo senador Aécio Neves (MG): a que estabalece na Câmara dos Deputados, nas Assembléias Legislativas e nas Câmaras Municipais das grandes cidades o voto distrital misto. Ou seja: neste modelo o eleitor vota uma vez para escolher seu representante no estado e outra para eleger aquele da sua região. “Essa, na minha opinião, é a melhor alternativa existente”, apontou o deputado.

Kaefer acredita que esta solução poderá contribuir para o fortalecimento dos Legislativos, sobretudo do federal, diante do Executivo. “É notório que o Congresso é extremamente fraco diante do Executivo”, acrescentou o deputado, que também é favorável ao sistema de governo parlamentar e a manutenção das coligações para fortalecimento dos partidos.

Quanto ao modelo de financiamento das campanhas, Kaefer acredita que a manutenção das doações seria a melhor alternativa, desde que elas fossem feitas apenas por pessoas físicas e devidamente identificadas pelos seus CPFs, a exemplo do que ocorre em outros países.

Finalmente, ressaltou a importância de se dispor de alguns meses de 2011 e os dois próximos dois anos inteiros para se fazer uma nova reforma política. “É evidente que não podemos deixá-la novamente para o ano das eleições principais. O debate não deve ser encerrado agora porque podemos avançar muito mais”, concluiu.

(Da assessoria do deputado, com alterações/ Foto: Paula Sholl)

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5 setembro, 2011 Sem categoria 1 Commentário »

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