Conduta inadequada
PSDB pede ao Ministério Público investigação do pagamento de indenização a Gleisi Hoffman
Em representação assinada pelo líder tucano na Câmara, Duarte Nogueira (SP), e pelo vice-líder da bancada no Senado Aloysio Nunes Ferreira (SP), o PSDB pede à Procuradoria Geral da República que investigue a conduta da ministra Gleise Hoffman (Casa Civil), do ex-presidente Lula e do diretor-geral de Itaipu Nacional, Jorge Samek. A legenda quer a abertura de inquéritos civil e criminal para apurar a prática de crime de peculato e de improbidade administrativa pelos citados na representação.
De acordo com o documento entregue nesta terça-feira (30), o partido avalia que os três desrespeitaram o princípio constitucional da moralidade no processo de desligamento da hoje braço-direito da presidente Dilma de Itaipu, em 2006. Conforme denúncia da “Folha de S. Paulo”, a petista recebeu R$ 41 mil da estatal ao pedir demissão para concorrer a vaga no Senado.
Mas como alerta o jornal, “a indenização, equivalente à multa de 40% do saldo para efeito de rescisão trabalhista, só é paga quando o funcionário é demitido da empresa sem justa causa”. Este não foi o caso de Gleisi, que foi diretora financeira da empresa de 2003 a março de 2006.
Para o PSDB, a petista deveria ter solicitado seu afastamento, ao invés de ser demitida por Lula e Samek e lesar os cofres públicos em mais de R$ 40 mil. De acordo com a representação, a ação conjunta dos envolvidos no caso foi realizada de forma a beneficiar a petista, permitindo-lhe receber valores em dinheiro aos quais não fazia jus.
A representação aponta os equívocos nos procedimentos adotados pelo então presidente da República e pelo dirigente de Itaipu, até porque ambos sabiam da intenção da petista de disputar uma vaga no Senado na época. No entendimento do partido, o correto seria ter esperado Gleisi pedir demissão, o que deveria ocorrer até 1º de abril daquele ano. No entanto, ela saiu apenas três dias antes desta data.
O pedido do PSDB traz, ainda, notícia divulgada no último dia 27 de agosto na qual a própria ministra consulta a Procuradoria-Geral da República pedindo orientações sobre o que fazer diante da acusação de que poderia ter se apropriado indevidamente dos R$ 41 mil.Para a legenda, isso soa como uma espécie de confissão de culpa.
(Da redação/ Foto: Agência Brasil)
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