Negócios suspeitos
Francischini propõe audiência para elucidar pagamento de propina na Agricultura
O deputado Fernando Francischini (PR) propôs a realização de audiência pública para esclarecer a denúncia de pagamento de propina no Ministério da Agricultura. O requerimento foi apresentado à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara. A revista “Veja” revelou que a pasta se transformou em uma central de negócios.
O esquema foi denunciado por Oscar Jucá Neto, irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). Jucazinho foi exonerado do cargo de diretor-financeiro da Companhia Nacional de Abastecimento (a Conab) após ter sido acusado de autorizar pagamento de R$ 8 milhões a uma empresa-fantasma que já foi ligada à sua família.
A reportagem mostra ainda a atuação de um lobista chamado Júlio Fróes, que tem operado dentro do ministério. Fróes é suspeito de distribuir propina para intermediar contratos da Agricultura.
Além do lobista, o tucano convida Israel Leonardo Batista, ex-chefe da Comissão de Licitação; Milton Elias Ortolan, secretário-executivo demissionário; Isabel Regina Flores Carneiro Roxo, ex-chefe da Assessoria Parlamentar; Jair Barcelos, assessor especial de Controle Interno; José Silvino da Silva Filho, consultor Jurídico; e Alexandre Magno, assessor especial.
Em outro requerimento, Francischini pede à mesma comissão uma audiência com o ouvidor do Ministério da Agricultura, Gustavo Fagundes Neto, para explicar a contratação de Nayara Paiva, filha de Júlio Fróes. Segundo a “Folha de S.Paulo”, ela trabalha na pasta desde fevereiro como secretária-executiva da Ouvidoria.
Na avaliação do deputado, “as audiências públicas são fundamentais para o esclarecimento dos fatos, no desempenho das atribuições constitucionais de acompanhamento das ações do Poder Executivo.”
(Reportagem: Alessandra Galvão / Foto: Paula Sholl)
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