Falta de ação
Líderes condenam inércia do governo diante de denúncias e cobram extinção das irregularidades
Da tribuna, o líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), condenou a enxurrada de denúncias que envolvem órgãos do governo federal. Para ele, a presidente Dilma Rousseff deveria extinguir os órgãos envolvidos. “As irregularidades, os problemas, não ficaram circunscritos apenas ao Ministério dos Transportes, mas foram tomando vulto em outras áreas da Esplanada, envolvendo vários partidos da base do governo”, condenou.
Segundo ele, o afastamento das pessoas envolvidas nos escândalos não foram de iniciativa do Planalto ou da presidente Dilma. “Não houve uma ação para sanear a malversação do dinheiro público. Houve, sim, uma reação às denúncias trazidas pela imprensa e ampliadas, protestadas, anunciadas por nós, da oposição”, explicou.
baixe aquiO líder da Minoria na Câmara, Paulo Abi-Ackel (MG), criticou a tentativa do governo de desviar o foco das denúncias que o envolvem. Para o deputado, o Planalto lança programas e tenta votar projetos que não dizem respeito às verdadeiras necessidades do Parlamento e da sociedade.
“Percebo nitidamente a intenção de promover a tática do ilusionismo, tentando retirar de foco, da lupa da imprensa, os escândalos que o vêm desgastando sistematicamente. Eles querem desviar a atenção de todos daquilo que vem demonstrando ser absolutamente grave”, reprovou também em pronunciamento no plenário.
Abi-Ackel afirmou que a expectativa para o segundo semestre é que o plenário não fique refém do Executivo. “Que possamos não só votar medidas provisórias, mas fazer nesta Casa o enfrentamento dos grandes e graves problemas do país através do debate político”, declarou.
Com o voto favorável do PSDB, a Câmara aprovou nesta terça-feira (2) a Medida Provisória 531/11, que abre o crédito de R$ 74 milhões é destinado a prestar assistência financeira às escolas afetadas por desastres. A matéria segue para o Senado.
(Reportagem: Alessandra Galvão/Fotos: Paula Sholl/Áudio: Elyvio Blower)
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