Política perversa


Deputados afirmam que alto custo da máquina pública prejudica economia brasileira

Os deputados Antonio Imbassahy (BA) e Rogério Marinho (RN) afirmam que o elevado custo da máquina pública impede o crescimento da economia e coloca um freio nos investimentos. Na opinião dos tucanos, o crescimento da dívida pública ocorre por conta da incapacidade do governo, que elevou a taxa básica de juros para 12,5 pontos percentuais ao ano, numa tentativa de controlar a escalada da inflação.

Para Imbassahy, ao aumentar a Selic, o PT prejudica, em especial, o trabalhador, que tem perda significativa do salário. Relatório do Tesouro Nacional mostra que o estoque da dívida pública, em termos nominais, cresceu 3,39% (R$ 59,14 bilhões) em junho, na comparação com o mês de maio, fechando em R$ 1,805 trilhão.

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O deputado destaca que a alta decorre por causa da gastança desenfreada, fator determinante para o retorno da inflação, controlada pela gestão Fernando Henrique Cardoso. “O que mostra que o governo descontrola a economia. Isso já vinha acontecendo no final do mandato do ex-presidente Lula e agora os resultados começam a aparecer para o desastre da administração federal.”

De janeiro a junho, o Tesouro gastou R$ 97,98 bilhões com juros. Ao final de junho, a dívida total do governo federal chegou a R$ 1,8 trilhão. De acordo com o jornal “O Estado de S. Paulo”, a combinação perversa de alta da inflação e da taxa de juros provocou um aumento de quase R$ 112 bilhões na dívida nesses primeiros seis meses.

Na visão de Rogério Marinho, o PT não adota providências para evitar a desindustrialização, combater a valorização excessiva do Real, além de utilizar o aumento dos juros como política de controle da inflação. O tucano acredita que o governo escolhe o caminho mais turvo.

“Estamos vivendo um momento extremamente delicado do cenário externo. E o governo federal, demonstrando pouca imaginação, continua utilizando a política de aumentar a taxa Selic como forma de frear e deter o processo inflacionário. São necessárias medidas mais enérgicas e duradouras”, apontou. Segundo Marinho, a conta será repassada à população.

(Reportagem: Artur Filho / Fotos: Paula Sholl / Áudio: Francisco Maia)

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22 julho, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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