“Jogo promíscuo”


Esquema de irregularidade é herança maldita de Lula, avaliam deputados

 

Os esquemas de desvio de recursos públicos e recebimento de propina no Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit) são herança maldita deixada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Brasil. Para deputados, o governo atual colhe os frutos de impunidade plantados pelo padrinho político de Dilma Rousseff.

“A presidente Dilma herdou um espólio, uma herança comprometedora do presidente Lula, que fez um jogo promíscuo com partidos da base aliada. Ele não controlou ou não quis os excessos, as distorções, os desperdícios e os desvios”, reprovou Rogério Marinho (RN).

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O deputado Raimundo Gomes de Matos (CE) pede ao político, especialista na publicidade de obras inacabadas, que esclareça à sociedade as denúncias de corrupção, ao invés de esconder a verdade. “Lula tem que ser chamado para dar esclarecimento, para não ficar posando de bonzinho enquanto a turma continua roubando dinheiro da população”, criticou.

Os tucanos afirmam que as irregularidades na duplicação da BR-101, entre Palhoça (SC) e Osório (RS), num trecho de 348 quilômetros de extensão, só reforçam a necessidade de explicações. De acordo com o jornal “O Globo”, a obra, controlada pelo diretor do Dnit, o petista Hideraldo Caron, acumula 23 contratos em seis anos e a marca de 268 termos aditivos que aumentaram o preço do empreendimento em pelo menos R$317,7 milhões.

O governo já gastou na construção – considerada a mais importante da última década no Sul do Brasil – a cifra de R$ 2 bilhões, com indícios de irregularidades apontados pelo Tribunal de Contas da União. Segundo Gomes de Matos, os fatos indicam que Lula conhecia as suspeitas operações. “Ou ele era competente, ou era cúmplice.”

Marinho questiona a lentidão da presidente Dilma em afastar Caron, hipótese ventilada pela imprensa, mas que continua no papel. “O maior problema repousa sobre os ombros, sobre o colo de um petista, que é o Caron. Esse tem problemas sérios de indícios de improbidade e ela não afasta. É uma ética caolha”, disse, em referência ao desligamento da cúpula do Ministério dos Transportes envolvida em denúncias, incluindo o ex-ministro Alfredo Nascimento.

(Reportagem: Gabriel Garcia / Foto: Paula Sholl / Áudio: Francisco Maia)

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20 julho, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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