Movimentações tucanas, por Radanezi Amorim


A vinda do ex-governador José Serra ao Estado, na próxima segunda-feira, tem um simbolismo importante para a reconstrução do PSDB capixaba. Remete à virada dos tucanos no segundo turno da disputa presidencial de 2010 no Espírito Santo. E dá novo fôlego à sigla, agora que o ninho tenta atrair lideranças e se fortalecer nos municípios de olho na sucessão de 2012 – especialmente em Vitória.

No primeiro turno, os capixabas votaram majoritariamente na petista Dilma Rousseff. No segundo, Serra virou por uma diferença de apenas 1,7 ponto percentual dos votos válidos, ou 31,3 mil votos.

Mas em Vitória, Colatina e Cachoeiro de Itapemirim, cidades de gestão petista, Serra bateu Dilma por 61 mil votos. Um recado contundente de insatisfação dos eleitores com a gestão dessas cidades. Daí o interesse do PSDB em trazer Serra ao Estado, neste início das articula ões eleitorais para o próximo ano e durante o prazo legal para a filiação de quadros aos partidos. Outros tucanos de peso – o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador Aécio Neves – também são esperados nas próximas semanas.

Quanto a Serra, ele falará para empresários, num evento da Findes. Mas há certa expectativa entre tucanos de alta plumagem quanto a um possível encontro dele com o governador Renato Casagrande (PSB) e com líderes do partido. É mais um sinal de aproximação entre Casagrande e o PSDB.

Aliás, essa aproximação ocorre ao mesmo tempo em que a legenda confirma o distanciamento do ex-governador Paulo Hartung (PMDB) – curiosamente, um ex-tucano. Em Vitória, o PSDB lançou duas pré-candidaturas que poderão estar num palanque diferente do de PH em Vitória. No final do governo Hartung, o PSDB perdeu assento no primeiro escalão e perdeu quadros importantes.

Agora presidente dos tucanos no Estado, C ésar Colnago, vem circulando pelos munícípios, reorganizando o partido e buscando atrair para o ninho lideranças com influência em setores da sociedade.

No entanto, segundo Colnago, a prioridade são as maiores cidades, especialmente na Grande Vitória. A meta, diz, é ao menos repetir o resultado de 2008, elegendo 13 prefeitos e 70 vereadores. Mas a tarefa é desafiadora, diante da situação atual. Se não for bem nas urnas, o partido corre o risco de ficar pequeno demais no Estado. Por isso agora precisa tanto do apoio de suas figuras nacionais.

Vamos ter candidato nas maiores cidades e incentivar novas lideranças. Partido que não disputa eleição
não cresce
“.
César Colnago, Presidente do PSDB.

(Fonte: Coluna Praça 8/Jornal A Gazeta – ES)

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13 julho, 2011 Artigosblog Sem commentários »

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