Memória

Pela 2ª vez, Palocci deixa um governo petista pela porta dos fundos

Esta é a segunda vez que Antonio Palocci deixa um governo petista pela porta dos fundos. Em 27 de março de 2006, o então ministro da Fazenda pediu demissão após o escândalo que vitimou o caseiro Francenildo Costa. Nildo, como é conhecido, acusou Palocci de frequentar uma mansão em um bairro nobre de Brasília que serviu de base, durante oito meses, para lobistas da chamada “República de Ribeirão Preto” fazerem negócios.

A situação dele ficou ainda mais complicada após a quebra ilegal do sigilo do caseiro. Em reportagem da “Folha de S.Paulo” do último dia 25 de maio, a Caixa Econômica responsabilizou, pela primeira vez, Palocci pelo ato. Até então, a explicação era de que o petista havia apenas “transferido” os dados sob sigilo para o Ministério da Fazenda, sem acusar Palocci ou seu gabinete pelo vazamento das informações.

Já a Casa Civil da Presidência da República virou cenário de quedas históricas de petistas após graves denúncias ao longo dos governos petistas. José Dirceu foi o primeiro a ser defenestrado. Considerado “primeiro-ministro” de Lula, teve seu reinado abalado em fevereiro de 2004, quanto o seu braço-direito Waldomiro Diniz foi flagrado cobrando propina de um bicheiro.

O golpe mortal foi dado pelo ex-deputado Roberto Jefferson, que acusou o então “capitão do time” de ser o chefe do esquema do mensalão. Em dezembro de 2005, a Câmara cassou o mandato do ex-ministro. Em 16 de setembro de 2010, Erenice Guerra, amiga de Dilma, deixou a chefia da Casa Civil em virtude das acusações de lobby e supostos favorecimentos a familiares.