Pedidos de explicação


PSDB vai ao Ministério da Fazenda para questionar eventual movimentação financeira atípica de Palocci

O PSDB protocolou nesta terça-feira (17) no Ministério da Fazenda ofício em que questiona se o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) identificou movimentação financeira suspeita ou atípica do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, e das empresas do petista: a Projeto Administração de Imóveis e a Projeto Consultoria, Planejamento e Eventos Ltda. O documento também solicita agilidade na apreciação dos requerimentos de informações sobre o caso.

“Nós encaminhamos por meio desse ofício cinco questionamentos básicos. O Coaf pode até alegar sigilo, mas pode nos responder se há ou não essas operações em andamento. E se, eventualmente, todas as respostas forem negativas, nós vamos aguardar que os esclarecimentos possam ser feitos pelos outros órgãos requeridos ou pelo próprio ministro, que certamente é o maior interessado em apresentá-los”, declarou o líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP).

Play
baixe aqui

Braço-direito de Dilma já caiu uma vez por ter tido suas versões desmentidas pela realidade, lembra ITV

O documento questiona ainda se o Coaf foi comunicado sobre transações ou operações que ultrapassem o limite previsto na Lei 9.613, que dispõe sobre os crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores, em nome do ministro ou das empresas das quais é sócio. Caso o órgão tenha sido comunicado das operações, ele deve informar quais as conclusões quanto à origem das receitas e à licitude da transação. O ofício pede ainda que o conselho responda se há indícios de que Palocci ou suas empresas tenham praticado ou contribuído para a prática de qualquer ilícito administrativo, crimes tipificados pela Lei 9.613 ou outros previstos na legislação brasileira. Os tucanos querem saber se há procedimento administrativo ativo ou arquivado no Coaf para investigar atividades praticadas pelo ministro ou pelas empresas e, em caso afirmativo, qual o objeto, teor e situação atual.

Além de Nogueira, os tucanos Antonio Imbassahy (BA), Domingos Sávio (MG), Nelson Marchezan Junior (RS), Reinaldo Azambuja (MS), Vanderlei Macris (SP) e Vaz de Lima (SP) acompanharam o protocolo do ofício no ministério.

O partido também já apresentou requerimento à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle. O documento assinado por Vanderlei Macris, vice-líder da bancada, convida o ministro a prestar, em audiência pública, esclarecimentos sobre o rápido crescimento do patrimônio do agora braço-direito de Dilma Rousseff entre 2006 e 2011.

O requerimento está na pauta de votações da reunião do colegiado de amanhã. “Nós esperamos que ele compareça para dar as explicações que a sociedade exige porque até agora não foram convincentes as informações dadas pelo governo. Nós vamos estar prontos para poder indagar detalhes desse processo. Cabe perfeitamente a investigação do Parlamento em relação a esse caso”, explicou Macris. Também foram protocolados na Mesa da Câmara requerimentos de informações endereçados à Controladoria Geral da União e ao Ministério da Fazenda.

Para o líder tucano, as ações do partido são uma oportunidade para que o ministro apresente as informações necessárias. Já Macris considera fundamental que o petista explique como multiplicou seu patrimônio. “É estranho um aumento dessa magnitude. Devemos conhecer melhor a legalidade desse aumento de 20 vezes em tão curto tempo”, afirmou.

Perguntas sem respostas

O jornal “Folha de S. Paulo” publicou no último domingo (15) reportagem destacando que Palocci multiplicou por 20 seu patrimônio em apenas quatro anos, período em que exerceu mandato de deputado federal pelo PT de São Paulo. Ainda segundo a matéria, o agora ministro da Casa Civil comprou, neste período, dois imóveis de luxo em São Paulo no valor total de R$ 7,4 milhões.

Palocci alega que os dois imóveis, registrados em nome de sua empresa Projeto, foram adquiridos com recursos que a empresa recebeu quando atuou como consultoria, ainda no momento do mandato de deputado federal. No entanto, não esclareceu ainda quais foram seus clientes e nem quanto recebeu de cada um.

Para Macris, é importante averiguar os fatos. Como destaca o tucano, a Constituição prevê a fiscalização e o controle dos atos do Poder Executivo e da administração indireta. “Vamos checar. Temos a denúncia e o Congresso precisa fazer o seu papel”, completou.

(Reportagem: Alessandra Galvão com assessorias/ Fotos: Paula Sholl/ Áudio: Elyvio Blower)

Matéria atualizada às 18h50.

Leia também:

Bancada do PSDB vai convidar Palocci para esclarecer multiplicação de patrimônio

Compartilhe:
17 maio, 2011 Últimas notícias 1 Commentário »

Uma resposta para “Pedidos de explicação”

  1. Antônio Carlos de Araújo disse:

    Prezados,

    Este senhor é useiro e vezeiro nas falcatruas do PT.

    Com a intenção de descobrir se o caseiro Francenildo recebera importância incompatível com sua renda e posteriormente imputar à Oposição este pagamento como recompensa para ele falar em público que vira o então Ministro todo poderoso do Alibabão, promovendo “festinhas suspeitas” numa mansão-fortaleza do PT no Lago Sul em Brasília, em 2005 na reeleição do Petralha mor, ele quebrara o sigilo bancário do caseiro àquela época correntista da CEF. Ele se deu mal o assunto vazou e ele teve que jogar o chapéu.

    Novamente ele está de volta à mídia, desta vez envolvendo milhões de reais, não na cueca mas em aplicações suspeitas.

    Para a Oposição o seguinte recado, na forma de uma pergunta simples, direta e revestida da mais autêntica e racional lógica, e que está na boca de todo o povão:

    “Como pode um empresário bem sucedido, que de tanta competência administrativa multiplica em 4 anos seu patrimônio por 20, deixar esta empresa para ser um Ministro de Estado ganhando a mixaria (pra eles) de R$23.000,00 por mes?”

    Agora convenhamos, esta figura se comparar com Armínio Fraga, Pedro Malan, Pérsio Arida, e outros ícones da economia brasileira que tiveram suas vidas voltadas para o estudo e o trabalho na área econômica, lecionando em faculdades nacionais e internacionais, prestando seus notórios serviços à nacão, é no mínimo motivo de piada.

    Bom dia a todos.

    Antônio Carlos de Araújo

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *