Comédia de erros


Manobra do governo adia a votação do Código Florestal

O líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), condenou a manobra da base governista para adiar novamente a votação do novo Código Florestal. Nogueira classificou o artifício como uma “grande comédia de erros”.  “É lamentável. O governo impediu que o projeto fosse votado. Está mais que evidenciado que a base se atrapalhou, foi incoerente e usou da força para impor uma derrota à sociedade”, protestou. “O importante é que o projeto será votado e vamos conseguir aprová-lo”, completou.

Para o líder da Minoria, Paulo Abi-Ackel (MG), o pedido da liderança petista foi uma “falta de razoabilidade”. O deputado argumentou ainda que o assunto está debatido e deve ser votado. O tucano garantiu que a oposição não vai “se curvar à força bruta da base e dará demonstração de que o Parlamento não se acovarda diante do governo”.

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Depois de um dia inteiro de negociações, o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), anunciou um acordo para votar o projeto relatado por Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Em seguida, subiu à tribuna e pediu o adiamento da apreciação.

Requerimento do PSol que pedia a retirada de pauta do projeto foi rejeitado pelo plenário – ou seja, a sessão de votação teria continuidade. Mas uma manobra dos governistas levou ao encerramento da sessão. O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), pediu a verificação do quórum, e 190 deputados estavam presentes. O necessário para que houvesse votação era 257. Sem a quantidade mínima de parlamentares, a sessão foi encerrada e a votação adiada, mais uma vez, para a próxima semana.

Ambientalista, o deputado Ricardo Tripoli (SP) protestou contra a aprovação da matéria. “A natureza inocente no banco dos réus não sabe defender-se, é muda”, declarou. O tucano não seguirá a orientação do partido, mas terá o respeito dos seus pares.

(Reportagem: Alessandra Galvão/Foto: Diógenis Santos/Ag. Câmara)

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12 maio, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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