Inércia

Planalto espera problemas como a inflação chegarem ao limite para ensaiar reação, critica Marisa Serrano

A senadora Marisa Serrano (MS) criticou a “maneira esquiva” como o governo federal tem tratado temas relevantes a exemplo da  volta da inflação e da falta de infraestrutura “como se fosse mais um jogo entre situação e oposição”. Para a tucana, o Planalto está minimizando problemas como a elevação dos juros, as altas inflacionárias e o aumento da carga tributária.

“Estranhamente, documento do Diretório Nacional do PT considera que a escalada inflacionária é assunto ‘meramente propagandístico’, desconsiderando tema de grande preocupação dos brasileiros. É lamentável que o partido do governo veja um assunto tão importante com tanto descaso. Infelizmente, falar que algo não existe e que tudo é propaganda não resolve nem resolverá os problemas se o governo continuar omisso em relação ao combate à inflação”, destacou.

A senadora também citou o aumento da tarifa de energia elétrica e o risco de um apagão de combustíveis. “Para conter a alta dos preços da gasolina, o governo lançou mão de mais uma medida provisória. Esperou muito para tomar uma atitude”, reprovou.

Marisa também comentou a decisão de abrir concessão de aeroportos para a iniciativa privada. “Precisou o Ipea, um órgão do governo, dizer que não teríamos condição de preparar os aeroportos para a Copa de 2014 para o governo tomar um iniciativa. Ou seja, depois de uma situação-limite”, enumerou.

Segundo a senadora, após três meses da gestão Dilma dá pra perceber quem de fato foi o responsável por deixar a tal ‘herança maldita’ para a sucessora escolhida. “Obras paradas, contingenciamento de verbas, escalada inflacionária e alta dos juros. Se isso é coisa boa para se deixar para um amigo, imagine para um inimigo”, ironizou.

Ela citou artigo do ex-presidente Fernando Henrique publicado na imprensa no último domingo para dizer que o “governo precisa acordar e ver que a cooperação com a iniciativa privada pode colocar o Brasil nos trilhos.”

Marisa destacou ainda as comemorações do 1º de maio, na qual trabalhadores do mundo inteiro reivindicaram reajuste salarial, melhores condições de trabalho e menos desigualdade social. “Aqui no Brasil, os eventos (showmícios) promovidos pelas centrais sindicais não pautaram as grandes questões que atualmente preocupam a classe trabalhadora”, lamentou, ao manifestar a expectativa de que os trabalhadores brasileiros não vejam suas conquistas diminuídas.

(Da assessoria/ Foto: Ag. Senado)