Investimento em ciência

Bruno Araújo: sem inovação tecnológica e pesquisa não há futuro para a economia

Em audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, o deputado Bruno Araújo (PE) destacou a importância de se avançar na educação e na ciência para que o país possa crescer e gerar cada vez mais riquezas. Na avaliação do tucano, a inovação é o ponto principal para o desenvolvimento do país. A reunião, realizada nesta quarta-feira (27), contou com a presença do ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante.

O objetivo do encontro foi discutir as ações e os investimentos da pasta para estimular pesquisas e estudos no país. “A inovação tecnológica é a pauta de todas as grandes nações”, afirmou Bruno Araújo, presidente da comissão.

Na opinião do tucano, é preciso que as universidades deixem de cumprir apenas o papel de pesquisa acadêmica e invistam em ciência aplicada, recursos e emprego. Caso a mudança não ocorra, o deputado acredita que o país pagará o preço nas próximas gerações. “Precisamos incentivar que a produção que o país tem hoje de qualidade acadêmica se transforme em geração de recurso e emprego”, frisou.

Segundo o parlamentar, é interessante que nas universidades haja departamentos responsáveis por comercialização e contato com empresas tecnológicas. Para ele, isso pode fazer com que o mercado se interesse e a universidade gere recursos para investir na própria estrutura. Uma forma de estimular o desenvolvimento científico no país é garantir a participação de pesquisadores e estudantes nos lucros das patentes, sugeriu o deputado.

Bruno Araújo disse ainda que em junho haverá um seminário para discutir o papel do Congresso na área de inovação. “Temos que fechar um pacto nacional com todos os partidos políticos e governo para discutirmos que sem a inovação tecnológica e a pesquisa de desenvolvimento não há futuro para nossa economia e, consequentemente, para a melhoria da qualidade de vida da população brasileira”, ressaltou.

Por fim, o tucano destacou a necessidade da execução do Plano Nacional de Banda Larga no país. “Os estados estão prontos para receber recursos para isso. É preciso fazer com que a verba chegue aos estados”, finalizou. O deputado Antonio Imbassahy (BA) também cobrou a execução do plano e afirmou que o governo é incapaz de realizar seus projetos.

“O ministro apresentou um cenário “cor de rosa” da economia brasileira, planos e metas, mas deixa sempre uma dúvida com relação à capacidade de realizá-los. O que vemos são muitas intenções e projetos que não são concretizados. O governo do PT fala muito e realiza pouco”, criticou. “Tecnologia é fundamental para se avançar e evoluir a economia. Mas o que vemos é que nesse governo isso não é prioridade”, resumiu Imbassahy.

A frase:

“É preciso levar a internet para a população mais carente do país e fazer com que esses brasileiros despertem para o mundo da internet e que possam trazer inovação e novas contribuições para o país”.

Deputado Bruno Araújo (PE)

Internet em casa

→ Em 2010, o número de conexões era de 11 milhões de domicílios, e o preço médio era de R$ 70. A meta do programa é oferecer o serviço em 35 milhões de domicílios até 2014, com preço de R$ 15.