Condições precárias


Tucano formará comissão para fiscalizar alojamento de programa habitacional

Frente à denúncia de operários em condições degradantes de trabalho em obras do programa Minha Casa, Minha Vida, em Hortolândia (SP), o deputado Luiz Fernando Machado (SP) solicita uma inspeção no local da obra. Ele mobilizará uma comissão de deputados federais, estaduais e prefeitos da região de Campinas para verificar as condições das instalações do alojamento. Em outra ação, o tucano denunciará ao Ministério Público Federal (MPF) a situação do empreendimento, caso nenhuma medida seja adotada.

Segundo a “Folha de S.Paulo”, as obras, inspecionadas pelo Ministério do Trabalho, apresentam instalações elétricas irregulares e risco de queda no trabalho em andaimes e no acesso a escadas. Além desses problemas, os alojamentos estão superlotados. No local, vivem 250 trabalhadores, mas a capacidade é para 150 pessoas.

Na opinião do tucano, o Partido dos Trabalhadores (PT) não respeita o operário ao permitir esse descaso. “Falta respeito com o cidadão, com o trabalhador que tanto ajuda na construção da infraestrutura do país. Fico decepcionado em observar o governo deixar o trabalhador em segundo plano, deixá-lo numa situação degradante como foi encontrado no município de Hortolândia”, condenou.

Luiz Fernando Machado acrescentou que as irregularidades foram constatadas por agentes do próprio governo federal. Para ele, o papel da oposição é fiscalizar e cobrar providências. “Nós ficamos estarrecidos com a falta de compromisso com o trabalhador”, ressaltou. A seu ver, a presidente Dilma Rousseff deveria valorizar a classe operária e tomar medidas urgentes, pois o programa habitacional foi uma de suas bandeiras de campanha.

Denúncia

Segundo a “Folha de S.Paulo”, o empreendimento inclui 500 apartamentos em uma série de prédios. Os auditores do trabalho constataram que as obras do programa habitacional, em Hortolândia, são um foco de problemas. A inspeção detectou risco de queda em andaimes e no acesso a escadas e da torre de caixa d’água, além da fiação elétrica exposta.

Instalações

No alojamento, segundo os auditores, vivem 250 trabalhadores, mas o ambiente seria ideal para até 150 pessoas. Os quartos até tinham capacidade, mas a cozinha, o refeitório e o banheiro eram insuficientes, causando filas e superlotação. Os auditores embargaram parte do local.

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(Reportagem: Artur Filho / Foto: Agência Câmara / Áudio: Elyvio Blower)

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20 abril, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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