Exceção virou regra


Aécio critica “usina” de medidas provisórias e propõe mudança no rito de tramitação

O senador Aécio Neves (MG) apresentou nesta quarta-feira (13), na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), relatório que muda o rito de tramitação das medidas provisórias. O tucano disse que foi criada uma verdadeira usina de edições de MPs.

“Busca-se resolver os problemas do país pelo caminho mais fácil. A medida provisória é um instrumento importante e necessário, mas só deve ser usada como exceção, e não como regra. O que estou tentando fazer é cumprir o que a Constituição Federal determina: a MP deve cumprir os requisitos de relevância e urgência. É preciso devolver ao Congresso Nacional seu poder ativo e independente e, não subordinado ao Poder Executivo. Os governos são passageiros, mas as instituições, não”, afirmou.

De acordo com a proposta de Aécio, a Câmara passará a ter 60 dias e o Senado, 50, para examinar as MPs enviadas pelo governo. Os 10 dias restantes de tramitação seriam dedicados para que a Câmara possa votar possíveis emendas à MP apresentadas pelos senadores. Atualmente, o Congresso tem um prazo de 120 dias para votar a MP, mas a Constituição não estabelece um prazo máximo para que o texto fique na Câmara, onde as MPs começam a tramitar.

“A Câmara é uma Casa com um número maior de integrantes e, por isso, é preciso que o prazo seja mais alongado. O importante é que o Senado também tenha condições de uma ampla discussão. Na maioria das vezes, o texto da matéria chega nesta Casa às vésperas de perder a validade”, observou.

Aécio deseja criar uma comissão mista permanente para julgar a admissibilidade de todas as medidas provisórias. “O objetivo dessa comissão é garantir que, em um prazo de três dias úteis, deputados e senadores apreciem a urgência e relevância da matéria. A partir daí as MPs somente terão força de lei depois de serem consideradas admitidas pelo Congresso Nacional”, explicou.

A leitura do parecer do relator de Aécio gerou protestos e houve pedido de vista coletiva comandado pelo líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RO). A discussão da PEC (11/11) será retomada na reunião da CCJ na próxima quarta-feira (20/04).

(Da assessoria da Liderança do PSDB no Senado/ Foto:  Cadu Gomes)

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13 abril, 2011 Últimas notícias 1 Commentário »

Uma resposta para “Exceção virou regra”

  1. Antônio Carlos de Araújo disse:

    Prezador Senador Aécio,
    Parabéns pela iniciativa. Vivemos hj numa ditadura do Executivo onde as MP’s dão vida à pachorrenta paixao do PT pelos regimes totalitário. O nosso congresso há muito deixou de ser um órgão fiscalizador e regulador do Executivo, tendo um papel irrelevante nas decisões sobre o destino do País. Esperemos que esta sua iniciativa tome corpo logo, apesar da tropa de choque do governo, sempre, liderada por este distintíssimo cidadão que atende pelo nome de Jucá, tentar bloquear todas estas iniciativas que tornam mais democráticas as decisões de governo, isto como todos sabemos, para eles não perderem a boquinha.
    Att
    Antonio Carlos

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