Debate na CBN


Para Sérgio Guerra, corte bilionário no orçamento é atitude autoritária do governo Dilma

O corte de R$ 50 bilhões do Orçamento da União de 2011 é um ato autoritário e uma fraude. Foi dessa maneira que o presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), classificou o ajuste fiscal do governo Dilma em debate na “Rádio CBN” (ouça aqui) com o líder do PT na Câmara, deputado Paulo Teixeira (SP). Segundo o tucano, a decisão petista é injustificada. “Uma atitude autoritária, que considero equivocada do ponto de vista da democracia. E diminui o Congresso cada vez mais”, condenou. O parlamentar lembrou ainda que o governo anterior gastou demais e agora tem que apertar o cinto.

Para o presidente do partido, o contingenciamento das emendas dos deputados e senadores não tem nenhum critério. “Por que cortar um hospital ou um poço para a população que precisa de água e não cortar um outro projeto qualquer? Se houvesse contingenciamento objetivo tinha que haver um exame de mérito das emendas parlamentares. Porque não tem essa história de emenda de deputado. Emenda é do povo e para obra que precisa ser feita”, questinou.

Sérgio Guerra disse não entender as razões de o governo adotar uma postura de desprezo com o Legislativo. De acordo com o parlamentar, entre dezembro 2010 e fevereiro deste ano não houve nenhuma mudança na economia para justificar um corte desse tamanho. “Na verdade, o corte é um ato arbitrário do governo para executar um ajuste que não teve coragem de fazer na gestão Lula. Gastou demais e agora está cortando”, afirmou.

O tucano também disse que a decisão é “inacreditável”, pois o partido do governo – o PT – ajudou a aprovar o orçamento da União no fim do ano passado no Congresso. “Foram contra aquilo que acataram em dezembro. Não há nenhum excesso de arrecadação que não vai se confirmar. Isso não tem acontecido nos últimos oito anos, pelo contrário”, argumentou. Para o deputado, os petistas disfarçaram ao longo da campanha em 2010 que haveria a necessidade de fazer um corte tão contundente nas despesas e nos investimentos.

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(Reportagem: Artur Filho/Foto: Eduardo Lacerda/Áudio: Elyvio Blower)

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2 março, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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