Contrassenso político


Abi-Ackel: proposta do PT paulista para salário mínimo é “provocação”

O líder da Minoria na Câmara, deputado Paulo Abi-Ackel (MG), classificou nesta quinta-feira (24) de “provocação” a proposta do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo para reajustar o salário mínimo acima do valor apresentado pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB). O tucano lamentou também a aprovação do piso salarial de R$ 545 pelo Senado nesta quarta-feira (23). Na avaliação do parlamentar, os fatos mostram a contradição dos petistas que no Congresso rejeitaram a proposta de R$ 600 do PSDB e em São Paulo propõem um valor maior sem qualquer embasamento técnico.

O salário mínimo em São Paulo é dividido em três faixas. A gestão tucana propôs R$ 600, R$ 610 e R$ 620 para 2011. O PT paulista defende duas: R$ 660 e R$ 720. “O nosso número é o resultado de um estudo econômico que nos deu sustentação para a tese do salário de R$ 600. O número deles é uma provocação”, reprovou  Abi-Ackel.

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O deputado condenou a maneira não democrática de o PT lidar com a questão.  “Em Brasília querem usar da força para impor não só o valor que lhes é conveniente como fixar uma política de longo prazo por decreto, algo muito comum na época da ditadura. A atitude em São Paulo revela bem o quanto eles estariam propondo no Congresso se o PSDB tivesse vencido as eleições e colocado em discussão o valor prometido durante a campanha”, ponderou o líder da Minoria.

Abi-Ackel disse ainda que fixar os próximos reajustes do salário mínimo por meio de decreto presidencial é uma medida perigosa para a economia, o Estado de direito e a democracia.  “Isso retira do Congresso a prerrogativa de discutir uma matéria que deve ser objeto de debate na casa do povo que é o salário mínimo”, destacou o tucano.

O deputado também lembrou que a proposta inicial do Planalto era aumentar o valor para R$ 538, que passou para R$ 540 na Lei Orçamentária. Com este último patamar, haveria uma redução real de 0,5%. Com R$ 545, a expansão foi de pífios 0,3%. Com isso, o governo Dilma interrompe a série de 16 anos de ganhos reais do piso salarial. “Vamos torcer para que o Brasil tenha condições de dar um aumento maior em um curto espaço de tempo. Até que a presidente acabe se tornando vítima do próprio excesso de autoridade mandando para a Casa um projeto de lei que reorganize o planejamento feito pelo Palácio por decreto”, afirmou. (Reportagem: Marcos Côrtes e Alessandra Galvão/Foto: Agência Câmara/Áudio: Elyvio Blower)

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24 fevereiro, 2011 Últimas notícias 3 Commentários »

3 respostas para “Contrassenso político”

  1. Acho que o termo não é provocação, a mim parece demagogia farisaica. Enquanto lá no Gov Fed é uma coisa no Gov Est é outra.

  2. CELIO CAMARGO disse:

    Parabens ao nosso Deputado Paulo Abi-Ackel pela posição manifestada. Porém, entendo que deve haver pelo partido um chamamento de todos nossos governadores e prefeitos para que, em unidade partidária, estabeleçam o mínimo de R$ 600,00 e após a adoção da medida, fazer ampla divulgação. Assim, demonstraremos à toda sociedade que o PSDB não brincou quando afirmou das possibilidades de fixação a nível nacional do piso em R$ 600,00. Se o PT e PMDB não querem oportunizar o ganho real à toda população, nós do PSDB faremos isto dentro de nossas limitações.

  3. Ivete Lourdes disse:

    Pergunto, será que o pt tem moral
    para qualquer comentário?

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