Esclarecimentos necessários

Líder tucano na Câmara pede à CGU informações sobre auditorias no programa Segundo Tempo

O líder do PSDB na Câmara, deputado Duarte Nogueira (SP), apresentou nesta quarta-feira (23) requerimento no qual pede à Controladoria Geral da União (CGU) informações sobre auditorias realizadas nos projetos do programa Segundo Tempo. Desde ontem, a Liderança vem desencadeando uma série de ações visando esclarecer, investigar e punir os responsáveis por supostas irregularidades na principal iniciativa do Ministério do Esporte. O tucano já assinou documentos endereçados ao Ministério Público Federal, ao Tribunal de Contas da União e aos ministérios do Esporte e da Justiça.

À CGU, o parlamentar solicita cópia do inteiro teor de todas as auditorias realizadas pela Controladoria nos projetos do programa do Ministério do Esporte no período de 2003 até a presente data. Nogueira também cobra informações a respeito das providências adotadas e nomes de pessoas físicas e jurídicas envolvidas.

O deputado do PSDB lembra que o programa criado em 2003 para proporcionar acesso  à cultura e às práticas esportivas acabou se tornando objeto de denúncias de irregularidades graves. O requerimento destaca notícias publicadas nos últimos dias que comprovam a gravidade das suspeitas de desvios no programa. De acordo com o “Estado de S. Paulo” no fim de semana, o projeto distribuiu somente em 2010 R$ 30 milhões a ONGs de dirigentes e aliados do PC do B.

Em matéria publicada nesta quarta-feira, o mesmo jornal revela que a empresa JJ Logística Empresarial Ltda, contratada para vender R$ 4,6 milhões em alimentos para o programa, tem como sede um galpão abandonado há mais de quatro anos numa área rural do pequeno município de Tanguá, na região metropolitana do Rio de Janeiro. “A empresa foi usada por uma organização não-governamental (ONG) de Santa Catarina, comandada pelo PCdoB, para comprar merenda oferecida pelo programa”, destaca o “Estadão”.

As denúncias de desvios no programa não são novas: em maio de 2010, a revista “Época” já havia publicado reportagem afirmando que Agnelo Queiroz, ex-ministro do Esporte e atual governador do Distrito Federal, é acusado de receber R$ 256 mil provenientes do programa. A reportagem aponta desvios milionários de verbas do programa por ONGs sob comando de integrantes do PC do B.

(Reportagem: Marcos Côrtes)

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