Busca do consenso


Em respeito ao critério da proporcionalidade, partido apoia Marco Maia para a presidência da Câmara

A maioria dos partidos na Câmara, incluindo os dois principais da oposição (PSDB e DEM), anunciaram nesta quarta-feira (22) apoio à candidatura do deputado Marco Maia (PT-RS) à Presidência da Casa. O líder do PSDB, João Almeida (BA), afirmou que o objetivo é evitar “disputas estéreis” na Casa nos próximos anos. O tucano destacou ainda que a decisão visa garantir espaço para que a oposição exerça seu papel adequadamente. “Se a situação resolve montar um bloco que represente apenas sua posição, em uma situação extrema, pode afastar a oposição da composição da mesa. O eleitor já disse nas urnas que quer situação e quer oposição e deu plenas condições de a oposição existir e fazer-se representar”, explicou.

O líder do DEM, Paulo Bornhausen (SC), também acredita que a decisão dos partidos de apoiar a candidatura de Marco Maia vai fortalecer o parlamento, pois significa o respeito ao princípio da proporcionalidade. Bornhausen lembra que esse princípio também será respeitado na composição da Mesa Diretora.

Por sua vez, o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), afirmou que a busca por uma candidatura de consenso, que represente a instituição, é legítima e democrática. Ele parabenizou a oposição pelo gesto e afirmou que a base do governo vai procurar todos os partidos para que o consenso se consolide. Na avaliação dele, o gesto mostra maturidade e evitará candidaturas avulsas, que podem distorcer o processo.

Marco Maia disse que o apoio dos partidos consolida o princípio da proporcionalidade na definição da presidência da Casa, o que, na prática, representa respeito ao resultado das urnas. A decisão dos partidos, segundo ele, facilitará o “bom andamento dos trabalhos na Casa. “Nós queremos que haja uma estabilidade na Câmara nos próximos quatro anos”, apontou. O petista foi escolhido oficialmente como candidato do PT no último dia 14. Vice-presidente da Casa, assumiu a presidência depois que Michel Temer (PMDB-SP) renunciou ao cargo no último dia 16 para ser diplomado vice-presidente da República.

Pelo Regimento Interno da Câmara, o partido com a maior bancada preside os trabalhos. No entanto, acordos entre os partidos podem prever o lançamento de um candidato de partido que não tenha maioria. Segundo a tradição, alguns partidos e candidatos avulsos podem disputar o cargo de presidente, como já ocorreu em eleições anteriores. (Da redação com Ag. Câmara/ Foto: Luiz Cruvinel)


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22 dezembro, 2010 Últimas notícias Sem commentários »

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