Má qualidade
Deputada exige melhoria nos serviços prestados por planos de saúde
A deputada Rita Camata (ES) manifestou espanto com a situação dos planos de saúde e salientou que o governo Lula não dá a prioridade necessária ao setor. A tucana participou nesta terça-feira (8) de audiência na comissão de Seguridade Social e Família que discutiu os honorários pagos a médicos, odontólogos e outros profissionais pelas operadoras de planos e seguro de saúde.
Desumano – “Vemos com frequência o reajuste dos valores cobrados pelo planos de saúde, mas os médicos não veem seus honorários aumentarem. Esses profissonais chegam a ter até três ou quatro vínculos empregatícios. É desumano com o médico, mas muito mais com o contribuinte, que paga impostos muito altos neste país e não tem um serviço de qualidade”, destacou.
Um projeto de autoria do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) pretende estipular uma tabela de honorários para médicos, odontólogos e outros profissionais como base mínima para contratos com as operadoras de planos de saúde. Atualmente os convênios remuneram os médicos por procedimento realizado, mas a Agência Nacional de Saúde (ANS) não estipula valores. A remuneração é acordada entre as operadoras e os prestadores de serviço, englobando os profissionais da saúde, clínicas e hospitais.
De acordo com o Conselho Federal de Medicina, o valor médio recebido pelo médico em uma consulta conveniada é de R$ 25, considerado muito baixo. Além disso, Rita avalia que os planos de saúde oferecem um serviço muito aquém do desejado pelos usuários. “Pesquisa recente da própria ANS mostra que de 1480 prestadoras de serviço de saúde no país, somente oito foram consideradas pelos usuários com atendimento satisfatório. É fundamental lembrar que estamos lidando com vidas humanas, e não com mercadorias”, alertou.
A situação dos planos de saúde chegou a tal ponto que pediatras do Distrito Federal, por exemplo, não trabalham mais com os convênios. Situação semelhante pode ocorrer em Pernambuco. A parlamentar cobrou mais altivez da ANS para ajudar no impasse e também uma ação mais efetiva do Ministério da Saúde. (Reportagem: Rafael Secunho)
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