Audiência
Senadores cobram esclarecimentos de Jobim sobre defesa nacional
Durante audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, parlamentares do PSDB cobraram esclarecimentos do ministro da Defesa, Nelson Jobim, sobre pontos da política do governo Lula nesta área. Integrantes de vários expressaram, em especial, a intenção de acompanhar de perto as negociações finais para a compra dos caças que vão renovar a frota da Força Aérea Brasileira. O prazo final para a apresentação das ofertas é 21 de setembro, mas o próprio ministro afirmou que há uma “vontade política” pela proposta da França.
Pobreza absoluta – O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), lamentou que unidades do Exército localizadas no Nordeste experimentem atualmente situação de “pobreza absoluta”, ao mesmo tempo em que se anuncia a compra de aviões e submarinos para a Aeronáutica e a Marinha. Ele considerou ainda necessário saber o que o Brasil receberá da França, em troca da preferência para a compra desses equipamentos militares.
O presidente da comissão, senador Eduardo Azeredo (MG), questionou por que os novos submarinos terão como base o Rio de Janeiro e não outra cidade do litoral brasileiro, como Fortaleza (CE). O senador Tasso Jereissati (CE) observou igualmente que a grande maioria dos investimentos para renovação das Forças Armadas será feita no Centro-Sul do país.
Por sua vez, o senador João Tenório (AL) considerou “pouco claras” as propostas feitas até o momento por norte-americanos e franceses no que diz respeito à transferência de tecnologia para a produção dos aviões.
Pelos acordos assinados recentemente, o Brasil comprará somente da França quatro submarinos convencionais Scorpène, um casco para o submarino nuclear, um estaleiro para construí-los, uma nova base para operá-los, peças sobressalentes, armamentos (como torpedos), softwares e 50 helicópteros. Os dois países também abriram negociações para a compra, pelos brasileiros, de 36 aviões de caça Rafale, fabricados pela empresa francesa Dassault. Ao todo, os negócios militares entre os dois países preveem um gasto, nos próximos 20 anos, a cifras de hoje, de R$ 32,7 bilhões. (Da redação com agências/ Foto: Ag. Senado)
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