Partidos de oposição e aliados ao governo defendem saída de Sarney
Após reunião nesta terça-feira, partidos de oposição e da base aliada do governo defenderam a saída do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), como algo fundamental para encerrar a crise no Senado. Além do PSDB, integrantes do DEM, PDT, PSB, PMDB e PT participaram da reunião. “Não há chance de superação desta crise sem o afastamento de Sarney”, afirmou o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). “É uma grande frente pela dignidade do Senado, que fica insustentável se o Sarney permanecer na presidência”, completou o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM).
Nota conjunta – No encontro, os senadores criaram ainda um grupo que pretende pressionar o Conselho de Ética a abrir processos contra Sarney. Nesta quarta-feira, o presidente do colegiado, Paulo Duque (PMDB-RJ), começará o encaminhamento dos 11 pedidos de investigação contra o presidente do Senado. O grupo promete organizar um protesto e divulgar uma nota pedindo que Sarney se afaste do cargo temporariamente se as denúncias forem arquivadas de imediato. Duque sinalizou que pode engavetar as ações contra Sarney antes mesmo de submetê-las ao plenário do conselho.
“Vamos ser incisivos, substantivos e consistentes. Nossa atitude não deve ser de ameaçar ninguém, mas não aceitaremos provocação ou ameaça de ninguém. Neste momento, a pior atitude é a tropa de choque e a chantagem”, disse Guerra. Ainda segundo o presidente do PSDB, o bate-boca no plenário do Senado na segunda-feira “não foi uma conversa de democratas, mas de mafiosos”. Na ocasião, os senadores Fernando Collor (PTB-AL) e Renan Calheiros (PMDB-AL) criticaram o senador Pedro Simon (PMDB) por defender a saída de Sarney.
À tarde, em pronunciamento na presença de Sarney, Virgílio afirmou que o Senado não pode mais continuar sob o clima de conflitos e pediu ao peemedebista para refletir sobre a situação e se afastar da Presidência para “casar-se com a sua biografia”. Sarney informou que dará a resposta em discurso que fará nesta quarta-feira. (Da redação com agências/ Foto: Ag. Senado/ Texto atualizado às 20h30)
So não entenderam que quem engole e digere fatalmente faz fezes.
Foi o que o próprio Senador Fernando Collor se auto entitulou de fezes ao pensar que ofendia ao Senador Pedro Simon.
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